sábado, 19 de agosto de 2017

Quando um relacionamento abusivo termina...

Estava eu limpando meu lindo Facebook de pessoas que eu não aguento mais olhar, quando, de repente, durante a opção "desfazer amizade", lá estava o status que me trouxe um sorriso de alma: "relacionamento: solteiro". Não estou nada interessada (muito obrigada) em um elemento que paga de desconstruído, arrogante, machista e babaca, mas estou muito interessada em saber que existe uma mana que se livrou de um traste em forma de pessoa.

"Ai, mas você não conhece ele". 

Convenhamos né, colega. Você também não conhece o Chris Brown nem a Rihanna, mas não precisa ser um gênio com doutorado para saber a porcentagem de esgoto daquela relação. Também não precisa ser um humano prodígio para chegar a conclusão de que quando alguém faz algo que você não gosta, mesmo quando você fica falando para não fazer, é abuso. Que quando alguém te constrange na frente dos amigos ou faz aquele comentário lixo sobre a vida privada de vocês só para te deixar morrendo de vergonha, também se torna um abuso.

Eu, graças a Deusa ou qualquer outra divindade que você acredite, não sei o que é ter que transar com um cara só porque ele parece uma criança mimada, forçando a barra e fazendo birra; não sei o que é ser proibida de ficar com outros caras, enquanto ele fica com outras minas a esmo, pagando de "amor incondicional" por mim; não sei o que é ser obrigada a tomar uma bomba hormonal porque o belezuro ali não quer usar uma camisinha.

"Ah, mas você aceita porque você quer".

Colega, você tem quase 30, tem medo de apanhar da mãe e não tem cachorro porque ela não deixa. Sabe sua bola? Então, abaixa ela.

A minha alegria de ver um relacionamento abusivo terminar é bem parecida com a do Galvão quando o Baggio perdeu o pênalti na final da Copa de 94. Dá vontade de sair gritando, berrando, pulando, abraçando desconhecido, jogando cerveja pro alto, rebolando na rua. É a mesma cara, é a mesma emoção. É uma sensação de marco histórico. E eu nem estava lá. No fim do relacionamento, eu nem estava lá (apesar que na final da copa, também não).

Quando um relacionamento abusivo termina, é como se o movimento todo celebrasse junto a liberdade de uma mulher. E é nessa hora que aquela colega sem uma gota de decência e empatia fala que eu não posso falar por um movimento inteiro, mas, nesse caso, eu posso. Só quem é livre fica feliz pela liberdade do outro e, se você não fica feliz com a liberdade do outro, livre você também não é.

Um brinde à todas essas mulheronas que resgataram suas forças e tomaram as rédias de suas vidas!

Vocês são um exemplo para todas nós.


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